quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Zumbis!

Zumbi ou Zumbie, é um corpo sem alma a que se devolve a vida para ser empregado em trabalhos físicos. O conceito do zumbi serve também como referência à servidão ou desgaste físico e doença.

Esta criatura é essencialmente um ser humano dado como morto que foi posteriormente desenterrado e reanimado por meios desconhecidos da ciência. Devido a ausencia de oxigênio na tumba, os mortos vivos são reanimados com morte cerebral e permanecem vivos em estado catatônico criando insegurança e medo nos vivos. Como exemplo desses meios pode-se citar um ritual necromântico, realizado com o intuito maligno de servidão ao seu invocador.


Na Real
Depois de tudo isto, cabem duas perguntas: Os zumbis realmente existem? E se existem, o que são? Desde o começo é preciso descartar que sejam literalmente mortos vivos, por mais que se diga que é possível infundir vida (mesmo que seja metade) a um corpo humano declarado clinicamente morto. O que resulta inegável é que no Haiti tem existido, e provavelmente continuará a existir, seres humanos chamados zumbis, cuja condição física, anímica e mental não é normal, que se encontrem em algum tipo de profundo transe, e que obedecem a quem os dominam. Isto independentemente de mitos, lendas e folclore.
Uma explicação perfeitamente racional é que, em muitos casos, os supostos zumbis são pessoas que padecem de deficiência mental. Algumas descrições de comportamento de zumbis correspondem vagamente aos de um caso de loucura convencional. Possivelmente, por vergonha ou outro motivo, uma família esconde cuidadosamente um parente que padece de problemas mentais. Então quando algum vizinho vê a pessoa, que age como zumbi e que acreditavam star morta há muito tempo atrás, juram que viram um morto vivo. Dadas a credulidade e a imaginação por vezes transbordante do ser humano, com o passar do tempo uma situação deste tipo pode converter-se facilmente em mito ou lenda. Esta parece uma explicação perfeitamente lógica do fenômeno zumbi. Mas há outra que pode explicar aqueles casos que aparentemente são "inexplicáveis".


Sabe-se que os bruxos, magos, sacerdotes (como for), são capazes de induzir um estado cataléptico em suas vítimas. Uma catalepsia tão convincente que parecem autenticamente mortas, e assim são declaradas e sepultadas. Posteriormente são retiradas de suas tumbas e mediante uma cuidadosa combinação de drogas, são mantidas em um estado catatônico. Há alguns anos descobriu-se em que consistem essas drogas. O descobrimento foi feito por um investigador norte-americano, Wade Davis, quem viajou ao Haiti e até chegou a escrever um livro intitulado "A Serpente e o Arco-Íris". Davis descobriu exatamente a fórmula usada por um feiticeiro para converter uma pessoa em zumbi, e pôde comprovar que, usada por um perito, efetivamente reduz a vítima a um estado catatônico comparável com o de morte. E constatou deste modo que, quando o feiticeiro profanava a tumba do "morto" depois do sepultamento, dava outra poção à vítima para tirá-la de sua catatonia, embora a pessoa jamais voltará a ser a mesma. Ficará reduzida ao nível mental de uma pessoa lobotomizada, ou seja, uma pessoa a quem se extirpou parte do cérebro. Este último aspecto é devido à privação de oxigênio que sofre o cérebro, conseqüência do ambiente fechado do ataúde em que foi colocado o desafortunado.
O curioso da revelação foi o "ingrediente secreto" da "fórmula zumbi". Além de narcóticos diversos, a fórmula continha tetradotoxina, veneno neurotóxico que se encontra no baiacu, e em algumas rãs venenosas.

O Peixe-balão (baiacu ou fugu)
Existem 120 espécies deste peixe, a maioria vive em águas tropicais, embora algumas espécies sejam de água doce, os peixes baiacu compõem a família Tetraodôntidos, ordem Tetraodontiformes. O que vemos na ilustração é um peixe-balão espinhoso.
São muito apreciados em diversas partes do mundo como delícia culinária, mas pelo fato de que são sumamente venenosos, recordemos que contêm tetradotoxina, ocasionam várias mortes ao ano.
Os sintomas geralmente aparecem entre 20 minutos a 3 horas seguintes depois de comer o fugu venenoso. Geralmente ocorrem os seguintes sintomas ao ingerir o fugu mal preparado, e com ele a tetradotoxina:
- Intumescimento dos lábios e da língua.
- Intumescimento do rosto e das extremidades.
- Sensação de luminosidade ou de estar flutuando.
- Náusea.
- Dor de cabeça.
- Vômitos.
- Dor abdominal.
- Diarréia.
- Dificuldade para caminhar.
- Debilidade muscular extensa

Um Caso Real
Felícia, mulher morta e enterrada em 1907, encontrada 30 anos depois vagando inconsciente por uma estrada abandonada. O diretor do serviço de higiene do Haiti a examinou pessoalmente, e não teve dúvidas em declará-la uma zumbi. É muito difícil obter maiores informações acerca de tal fenômeno, visto que o povo haitiano (em sua grande maioria) é pobre, trazendo com isso a ignorância e o medo, evitando e temendo falar sobre o assunto.
As autoridades também não se pronunciam, visando preservar a (péssima) imagem do país. Henrique José de Souza (fundador da Eubiose) acrescenta que "o Haiti é como todas as Antilhas, um remanescente da Atlântida, cujo povo, principalmente na época da decadência ou depois da luta entre deuses e demônios de que veladamente nos fala o Baghavad-Gita, desceu ao mais inferior estado de consciência. Herdeiros desses remotíssimos povos, é natural que conservem o conhecimento de tão horrível feitiçaria."


GAROTOS PODRES


Garotos Podres é uma banda musical de punk rock que nasceu em 1982 no município de Mauá, Estado de São Paulo na região metropolitana do ABC paulista.
Em 1985, ainda na época da ditadura militar, surgiu o primeiro álbum (em vinil) da banda, o Mais Podres do que Nunca, pela extinta gravadora Rocker e foi o que alavancou a banda, vendendo cerca de 50.000 cópias e a tornando popular até hoje. Por causa da ditadura, a música "Johnny" foi censurada, e outras, como as "Papai-Noel Filho da Puta" e "Maldita Polícia" foram lançadas como "Papai-Noel Velho Batuta" e "Maldita Preguiça".
Mao, de 42 anos, idealizador e vocalista da banda, atua também como professor de história em escolas públicas, cursinhos pré-vestibulares, faculdades, além de ser Doutor em história, formado pela USP.


História


Influenciados pelas bandas punks do final dos anos 70 e início dos anos 80, o grupo foi formado em 1982 na cidade de Mauá, que é uma das cidades que compõem a região do Grande ABC em São Paulo. Naquela época o Brasil se encontrava no auge do movimento punk no Brasil e várias bandas surgiam principalmente nos grandes centros urbanos. A primeira apresentação dos Garotos aconteceu em 1983 na cidade de Santo André num evento que reuniu vários grupos de vários estilos musicais em prol do Fundo de Greve dos Metalúrgicos do ABC, daí para frente começaram a participar de vários eventos pela região. A primeira gravação aconteceu em 1984 quando foram convidados a participar de uma coletânea em cassete com as bandas: Corte Marcial, Infratores e Grito de Alerta. Em 1985 entraram em estúdio para gravar o que seria uma demo-tape. Foram gravadas e mixadas catorze músicas em doze horas num estúdio de oito canais, e o resultado foi considerado tão bom para os padrões da época que onze destas músicas acabaram se tornando o primeiro álbum da banda, intitulado "Mais Podres do que Nunca" editado pelo extinto selo Rocker e no ano seguinte pelo extinto selo Lup-Som. Esse disco chegou a marca das 50.000 cópias vendidas, um recorde de vendagem de discos independentes na época e continua sendo distribuido em cd até hoje. Estávamos em plena ditadura militar e a Censura Federal tentava cumprir o seu papel. Apenas a música "Johnny" foi censurada, sendo proibida a sua execução. As músicas: "Papai-Noel Filho da Puta" e "Maldita Polícia" foram mudadas propositalmente pelos Garotos para burlar a censura . Dessa gravação três músicas foram incluídas na coletânea "Ataque Sonoro" editada pelo selo Ataque Frontal com várias bandas punks brasileiras,entre elas: Ratos de Porão, Cólera, Lobotomia, Grinders, Vírus 27 , etc. A partir daí a banda Garotos Podres se tornou muito popular, abrangendo não apenas a cena punk mas também o mais variado tipo de público, se tornando a primeira banda punk do Brasil a ter suas músicas veiculadas na programação normal de algumas rádios. Isso permitiu ao grupo a realização de vários shows pelo país, o que também colaborou na aceitação de outras bandas underground pela mídia.
"Os Garotos Podres estão fazendo tanto sucesso que até a censura já se incomodou com eles...Apesar de tudo, o punk raivoso dos Garotos segue em frente. Ainda bem." Mauricio Kubrusly - outubro/86
Em 1988 lançam o seu segundo trabalho, "Pior que Antes" pela gravadora Continental, que teve a música "Batman" censurada, sendo proibida sua execução pelos meios de comunicação. A música "Subúrbio Operário" foi incluída no curta metragem, premiado no Festival de Cinema de Nova York e no Festival de Cinema de Brasília, "Rota ABC" do cineasta Francisco César Filho em 1990, onde a banda faz uma participação. Isso rendeu a banda convites para participar de alguns programas de tv.
"O Brasil vai muito bem, obrigado. Uma das razões pelas quais o Brasil vai bem é a existência do grupo de rock Garotos Podres. Por mais que a crise nacional seja mistificada através de explicações empoladas, sempre chega a hora em que alguém diz as coisas como elas são, e, enquanto alguém diz o que há, o fim do mundo fica adiado." Élio Gaspari- Revista Veja outubro/91.(sobre o curta metragem "Rota ABC")
Após ficarem cinco anos sem lançar nenhum disco, em 1993 o selo Radical Records edita o quarto trabalho dos Garotos, "Canções para Ninar", emplacando nas rádios "rock" as faixas: "Fernandinho Veadinho", "Oi! Tudo bem?" e "Rock de Subúrbio" (primeiro vídeo-clip da banda) enquanto são ameaçados de serem processados por uma certa pessoa que se sentiu ofendida com a faixa "Fernandinho Veadinho".
"...esta é mais uma prova que o punk no Brasil também não morreu...Interessante também é ressaltar que o som dos Garotos Podres mantém a mesma energia dos discos anteriores... Um disco que sem sombra de dúvidas resgata o melhor do punk rock." Kid Vinnil- l993 (sobre o CD "Canções para Ninar").
A essa altura a fama dos Garotos já havia ultrapassado os limites nacionais. Em 1994 passam a manter contatos com selos da Europa, principalmente Portugal e Alemanha, o que resultou no lançamento de vários trabalhos em Portugal, Alemanha,França e Estados Unidos. E em 1995 realizam uma tourné pela Europa junto com a banda portuguesa Mata-Ratos. No final de 1997 lançam o seu quarto trabalho pela gravadora Paradoxx Music, "Com a Corda Toda" . Tendo a música "O Mundo não pára de Girar" uma das mais executadas na rádio rock 89FM (São Paulo). A música "Mancha" foi escolhida para ser o segundo vídeo-clip da banda que contou com a participação do popular Pedro de Lara.
"...É que eles descobriram que eu também sou podre e foram me procurar." " Um dos ex-jurados mais famosos de Silvio Santos, ele afirma que aceitou o convite porque os Garotos Podres, como ele, representam uma libertação dos preconceitos para o povo." Pedro de Lara - Diário Popular outubro/97 (sobre a sua participação no vídeo-clipe "Mancha" dos Garotos Podres).
Desde o início o que mais chamou a atenção da mídia e do público foram suas letras "politizadas" e irônicas, carregadas de sarcasmo e humor negro que muitas vezes foram incompreendidas e que causaram em algumas cabeças menos privilegiadas uma série de preconceitos e várias tentativas frustradas de rotular o grupo. Apesar de estarem na estrada a dezoito anos, os Garotos Podres nunca sobreviveram de música, todos os integrantes têm outras atividades que lhes garantem o sustento e a sobrevivência da banda. Isto lhes deu a liberdade de criarem o seu próprio estilo musical e realmente só tocarem o que gostam.
"Numa época em que bandas se submetem a qualquer constrangimento (musical e pessoal) para tentar vender discos e permanecer em evidência, ouvir os Podres é não só um alento musical mas também uma chama na escuridão". Marcelo Nova - l997
Atualmente os Garotos continuam ensaiando e preparam o seu nono álbum, enquanto esperam o resultado da ação judicial que estão movendo contra a gravadora Paradoxx Music pelo não cumprimento de contrato e por não pagarem os direitos referentes ao CD "Com a Corda Toda".



Formação atual



Mao, 41 (vocalista e gaitista)
Mauro, 42 (guitarrista)
Sukata, 38 (contrabaixista)
"Capitão Caverna" Nunes, 37 (baterista)


Discografia




segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Punk?

Punk rock

Punk rock é um movimento musical que surgiu com força na Inglaterra em meados de 1976 e em 1974 nos Estados Unidos (embora seus precursores possam ser encontrados no fim dos anos 60). Basicamente, as primeiras bandas de Punk Rock foram bandas inglesas e americanas como: The Damned, The Ramones (principal responsável pelo sucesso do estilo), Sex Pistols , The Stooges, The Clash, Black Flag, Dead Kennedys, Stiff Little Fingers e Dead Boys, também Discharge, Varukers com um som mais puxado para o hardcore old school.

Resumo da história

O rock estava perdendo popularidade, sua vertente mais popular na época era o rock progressivo. Um grupo de bandas começou a tocar em lugares pouco populares, as bandas eram: Iggy Pop and the Stooges, Richard Hell and the Voidoids e Johnny Thunder and the Heartbreakers, entre outras. Tinham como influencia a música hippie e propagavam um estilo fácil, com letras sobre diversão, drogas e coisas da adolescência. Esse grupo de bandas ficou semi-conhecido, não o suficiente para ser lembrado. Assim, surgiu outra banda com influecia das outras já citadas anteriormente. A banda se chamava Ramones, que possuía um estilo ainda mais fácil que o de suas influencias. Essa banda foi essencial para a popularização desse novo estilo chamado punk rock. O punk perdeu popularidade nos anos 90, quando os Ramones se separaram. Hoje em dia, o punk rock está sendo confundido com o movimento punk. O movimento é considerado, pelos próprios astros do rock punk, uma massa destrutiva que afeta principalmente à eles mesmos.

Lista de bandas de Punk Rock


The Ramones (1974–1996)
Sex Pistols (1975–1978,1996,2002-2003)
The Clash (1976-1985)
Dead Boys (1975)
The Damned (1976)
Black Flag (1976-1986)
Discharge (1977)
The Misfits (1977-1983,1995-presente)
Dead Kennedys (1978-1986,2001-presente)
Green Day
The Distillers
The Stooges

Punk rock brasileiro

O punk rock brasileiro surgiu como crítica à censura e à repressão do regime militar, no final da década de 70.

História
O punk rock brasileiro nasceu como uma crítica ao regime militar brasileiro, implantado pelo golpe de 64, devido, principalmente à censura e à violenta repressão aplicadas pelo governo. Muitas canções da primeira geração do punk rock brasileiro são considerados, até atualmente, hinos de crítica ao governo.
O primeiro álbum de punk rock brasileiro foi o Grito Suburbano, compilação DIY com Inocentes, Olho Seco e Cólera . Em 1982 o primeiro grande evento, O Começo do Fim do Mundo, surgiu como o marco inicial do punk rock brasileiro, com 20 bandas da cidade de São Paulo e do ABC paulista. A apresentação terminou em um confronto com a polícia.
Houve também o surgimento de importantes bandas de punk rock em Brasília.
No final da década de 80 e início da década de 90, o punk rock brasileiro teve algumas baixas com bandas se separando, mudando de estilo, casas de shows sendo fechadas e estagnação criativa.
Nos anos 90 o punk rock voltou com tudo a cena no Brasil, muito graças à divulgação do estilo pela internet e pelo então interesse de algumas gravadoras e da mídia por novas bandas de rock.
Começaria então a era do hardcore melódico no Brasil, com nomes como CPM22, Dance of Days e Garage Fuzz encabeçando a lista das dezenas de bandas que apareceram deste estilo que sugriram nos anos 90. Vendo a chance de voltar à ativa, muitas bandas da primeira geração do punk brasileiro voltaram com tudo à cena. Não que essas bandas tenham parado, mas estavam meio que "de férias forçadas", afundadas no ostracismo. Foram os casos de nomes importantes como Inocentes, Cólera e Garotos Podres, que a partir do final dos anos 90 retomaram de vez suas atividades e tiveram um novo recomeço.
A partir da segunda metade da década de 90, novas bandas de punk rock surgiram, resgatando o estilo original 77, com pegadas street punk e com uma cara nova para o punk brasileiro. Dentre essas bandas destacam-se nomes como Lambrusco Kids, Excluídos e Flicts, todas formadas de 1995 para frente.
A partir do ano 2000, com novas casas de shows underground abrindo em todas as cidades brasileiras e com a firmação da internet como veículo principal de divulgação das bandas, ocorreu uma verdadeira explosão na cena e os nomes de bandas se multiplicaram às centenas.
E também começa a partir de 2000 a era dos shows internacionais de bandas punks no Brasil, com destaque para o lendário selo e produtora independente Ataque Frontal, que foi a grande responsável pela inserção da cena punk brasileira no mapa do punk rock mundial, trazendo bandas consagradas para os palcos brasileiros, dentre elas: Stiff Little Fingers, UK Subs, Exploited, Lurkers, Vibrators, GBH, Toy Dolls, Dead Kennedys, Agnostic Front, 999, Rezillos,Ganso Roxo entre muitas outras.

Livros sobre o movimento punk


Mate-me Por Favor (Please Kill Me) (Legs McNeil e Gillian McCain)
Lobotomy: Surviving the Ramones (Dee Dee Ramone e Legs McNeil)
O Diário da Turma 1976/1986: A História do Rock de Brasília (Paulo Marchetti)
O Movimento Punk na Cidade (Janice Caiafe)
Punk - Anarquia Planetária e a Cena Brasileira (Silvio Essinger)
A Filosofia do Punk - Mais do que Barulho (Craig O'Hara)
O que é Punk (Antônio Bivar)

Street-punk

Street-punk é o nome dado à uma vertente da cultura punk surgida no final da década de 1970 na Inglaterra. O street-punk foi uma das primeiras reações britânicas ao surgimento da New Wave e da popularização da cultura punk. É caracterizado pelo estilo de música Oi!, moda e postura próprios, ditos relativos a cultura de rua (daí o nome street-punk, que significa "punk de rua").
O estilo street-punk foi a base para o surgimento das duas correntes posteriores e antagônicas, Oi! e anarcopunk, e em decorrência do sucesso delas, a popularidade do termo foi obscurecida na primeira metade da década de 1980, porém o termo voltou a se tornar popular no começo da década de 1990 e atualmente é utilizado principalmente como sinônimo da música Oi!.

Skate punk

Skate punk é um estilo de música punk, sub-gênero do hardcore, ligado à cultura skate urbana, utilizando comumente referências à ela tanto nos aspectos rítmicos quanto nos temáticos. Sua origem está ligada à marginalização e o estereótipo negativo associado aos skatistas no começo da década de 1980, nos Estados Unidos. O termo por vezes é utilizado como referência à certos aspecto do estilo alternativo de alguns skaters, em geral a forma de se vestir para conseguirem cair.
Entre as bandas skate punk de destaque estão The Offspring, The Adolescents, Agent Orange, U.S. Bombs além de Circle Jerks, Suicidal Tendencies, Minor Threat, Grinders, Gritando HC e Jay Adams. consideradas precurssoras e favoritas entre fãs do estilo.
O skate punk é utilizado com freqüência como fundo musical para ambientes de prática do skate e é considerado uma das principais influências do punk rock californiano, este caracterizado pela relação com os esportes jovens em geral.

Anarcopunk

Anarcopunk é uma facção do movimento punk que consiste de bandas, grupos e indivíduos que promovem políticas anarquistas.
Apesar de nem todos os punks apoiarem o anarquismo, a ideologia tem um papel importante na cultura punk, e o punk teve uma influência significativa no anarquismo contemporário. O termo "anarcopunk" é algumas vezes aplicado exclusivamente a bandas que fizeram parte do movimento anarcopunk original no Reino Unido na década de 1970 e 1980, como Crass, Conflict, Flux of Pink Indians, Subhumans, Poison Girls e Oi Polloi. Alguns utilizam o termo mais amplamente para se referir a qualquer música punk com conteúdo anarquista em sua letra. Essa definição mais ampla inclui bandas crustcore e bandas d-beat como Discharge, e podem incluir bandas de punk hardcore dos Estados Unidos, como MDC, artistas de folk punk como This Bike Is a Pipe Bomb ou artistas em outros subgêneros.

História

Um crescimento no interesse popular ao anarquismo ocorreu durante os anos 1970 no Reino Unido após o nascimento do punk rock, em particular os gráficos influenciados pelo situacionismo do artista Jamie Reid, que desenhava para os Sex Pistols e o primeiro single da banda, "Anarchy in the UK". No entanto, enquanto que a cena punk inicial adotava imagens anarquistas principalmente por seu valor de choque, a banda Crass pode ter sido a primeira banda punk a expor idéias anarquistas e pacifistas sérias. O conceito do anarcopunk foi pego por bandas como Flux of Pink Indians e Conflict. O cofundador do Crass, Penny Rimbaud, disse que sente que os anarcopunks eram representantes do punk verdadeiro, enquanto que bandas como os Sex Pistols, The Clash e The Damned eram nada mais do que "fantoches da indústria musical".
Enquanto passavam os anos 1980, dois novos subgêneros da música punk evoluíram do anarcopunk: crustcore e d-beat. O crustcore, e seus pioneiros foram as bandas Antisect, Sacrilege e Amebix. O d-beat eram uma forma de música punk mais bruta e rápida, e foi criada por bandas como Discharge e The Varukers. Um pouco depois, na mesma década, o grindcore desenvolveu-se do anarcopunk. Parecido com o crustpunk, porém ainda mais extremo musicalmente (utilizava blast beats e vocais incompreensíveis), seus pioneiros foram Napalm Death e Extreme Noise Terror. Paralelamente ao desenvolvimento desses subgêneros, muitas bandas da cena punk hardcore dos Estados Unidos estavam adotando ideologia anarcopunk, incluindo MDC e Reagan Youth.

Desenvolvimentos posteriores

O anarcopunk dos anos 2000 é mais diverso musicalmente do que nos anos 1970 e 1980. Além dos subgêneros previamente estabelecidos, o anarcopunk agora também abrange artistas de punk blues como Darren Deicide, artistas pop punk como Girlband e Propagandhi, artistas new wave como Honey Bane e bandas folk punk como The Weakerthans e Against Me!. Algumas bandas anarcopunk também incorporam o indie rock ou indie pop, como Nation of Ulysses (que mais tarde tornou-se uma banda emo). Mais recentemente, bandas como Axiom, Destroy e Disrupt fundiram o som grindcore com o crustcore.
O digital hardcore também toma uma posição anarquista freqüentemente em suas letras, como exemplificado pelos pioneiros do gênero, o Atari Teenage Riot. O digital hardcore mistura vocais punk (e algumas vezes, rap) com elementos de muitos gêneros diferentes, principalmente hardcore techno, thrash metal, noisecore e fundos musicais distorcidos.
O Chumbawamba incorporou elementos do pop, dance e world music e teve canções bem sucedidas nos anos 1990. Apesar do precedente ter sido o Rudimentary Peni, que mais tarde tornou-se uma banda death rock.

Crenças

O anarcopunk se parece muito com o anarquismo sem adjetivos, no sentido de envolver a cooperação de várias formas diferentes de anarquismo. Alguns anarcopunks são anarco-feministas (como Polemic Attack), enquanto outros eram anarco-sindicalistas (Exit-Stance). O The Psalters, por exemplo, é uma banda anarcopunk afiliada ao anarquismo cristão.
A anarquia pós-esquerdista é comum no anarcopunk moderno. CrimethInc., um dos maiores proponentes do pós-esquerdismo, possui fortes ligações com o movimento. A Class War é uma federação pós-esquedista britânica que também é muito ligada ao anarcopunk, e apoiada por bandas como Conflict. Muitos anarcopunks apóiam questões como direitos dos animais, igualdade racial, feminismo, ecologismo, anti-heterossexismo, autonomia trabalhista, movimento pacifista e o movimento antiglobalização. O pacifismo não é apoiado por todos anarcopunks.
Os punks, de modo geral, aproximam-se do anarquismo devido ao seu modo de ser, de negar e combater o autoritarismo, as fronteiras e os preconceitos impostos, porém, os anarcopunks assumem a política anarquista e seus modos de ação e organização, assim como seus princípios. Seus mais fortes modos de expressão cultural são a música, ou anti-música, a poesia e o visual "pesado" e agressivo, que procura refletir "todo o peso e imundície da sociedade em que vivemos".

A ética punk do "faça você mesmo"

Muitas bandas anarcopunk enfatizam uma ética "faça você mesmo" (do it yourself ou DIY em inglês). Um slogan popular do movimento é "DIY not EMI", que em inglês representa uma rejeição a uma grande gravadora (a EMI, no caso). Muitas bandas anarcopunk eram divulgadas na série de LPs Bullshit Detector, lançada pela Crass Records e Resistence Productions entre 1980 e 1994.
Alguns artistas anarcopunk faziam parte da cultura do cassete. Desta maneira, a rota tradicional gravação-distribuição era ignorada, já que as gravações eram feitas para quem enviasse uma fita em branco e um envelope endereçado a si mesmo. O movimento anarcopunk tinha sua própria rede de fanzines punk que disseminavam notícias, idéias e arte da cena. Todas essas fanzines eram DIY, produzindo, no máximo, centenas de unidades, apesar de haver exceções como a Toxic Grafity (sic). As zines eram impressas em fotocopiadoras ou máquinas duplicadoras, e distribuidas à mão em shows punk e por correio.

Ação direta

Os anarcopunks acreditam universalmente na ação direta, apesar da maneira com que isso se manifesta varia muito. Mesmo com suas diferentes abordagens, geralmente há cooperação dentro do movimento.
Muitos anarcopunks são pacifistas (como Crass e Discharge) e acreditam na utilização de meios não-violentos para alcançar seus objetivos, que incluem protesto pacífico, recusa a trabalhar, sabotagem econômica, ocupação, revirar lixo, pichação, realizar boicotes, desobediência civil, "hacktivismo" e alterar material publicitário contra o anunciante. Outros anarcopunks acreditam que a violência é um modo aceitável de alcançar a mudança social (como Conflict e D.O.A.). Isso se manifesta por tumultos, vandalismo, corte de fios, assaltos, participação em atividades "estilo Frente pela Liberação dos Animais", e, em casos extremos, usar bombas.
Alguns anarcopunks, principalmente na América do Norte, buscaram utilizar o processo democrático para trazer suas regiões mais próximas à anarquia, apesar de nenhum ter concorrido como membro de um partido anarquista. Entre os que tentaram, estão o líder dos Dead Kennedys, Jello Biafra, para prefeito de São Francisco, o cantor do T.S.O.L., Jack Grisham, a governador da Califórnia e o cantor principal do D.O.A., Joey Shithead. Alguns desses, como Biafra, acreditam que a mudança social maior é necessária antes de os humanos estarem prontos para a anarquia.

Política de identificação

O anarcopunk foi destacado como um dos fenônemos sociais que levou o anarquismo na direção da política de identidade. Alguns alegam que o visual tornou-se um ingrediente essencial do movimento, algumas vezes obscurecendo outros fatores, apesar de outros alegarem que os artistas que se alinharam com o anarcopunk envolveram-se em diversas abordagens no formato e na ideologia, exemplificado pela variedade de bandas do movimento. Do mesmo modo, freqüentemente é dito que o visual era simplesmente uma representação da ética associada ao anarquismo (crença anti-corporação e DIY).

Punk Oi!

O Oi! é um estilo musical, uma variação do punk rock.
A palavra Oi! não se refere a um grupo de pessoas, e não serve para qualificar um indivíduo, a palavra se refere a um estilo musical.
No Brasil é muito comum utilizar-se a expressão "Punk Oi!" de maneira equivocada, como se fosse o qualificativo de uma pessoa: "Fulano é Punk Oi!" ou "Beltrano é Oi!". Esse uso é incorreto, e equivaleria a afirmar que "Fulano é reggae" ou "Beltrano é rap". Reggae e rap são estilos musicais, e não o nome de uma tribo urbana.
O Oi! é sinônimo de street punk (punk rock das ruas), uma variação do punk rock que surgiu no final dos anos 70, e que era apreciado principalmente pelos skinheads, mas também por muitos punks.
Devido ao surgimento de movimentos neonazistas como os boneheads, que são frequentemente confundidos com os skinheads, o Oi! acabou sendo equivocadamente confundido com o RAC (Rock Against Communism), estilo musical de bandas racistas e de extrema-direita, como Skrewdriver.


Pós-punk

O termo pós-punk, em música, refere-se a um dos fenômenos culturais que surgiram após o auge do Punk em 1977. Apesar de característico da Inglaterra e Estados Unidos, é comumente definido como um movimento especificamente inglês. Sua influência sobre a música gerou pequenas cenas semelhantes em diversos outros países. De modo geral, é interpretado como uma absorção da ética faça-você-mesmo(DIY), e do caráter visceral do punk, e ao mesmo tempo como uma negação dos novos rumos que este começava a adquirir — por exemplo, a inflexibilidade do princípio de simplicidade, a absorção dos costumes pela indústria cultural, o aparecimento de "regras" de conduta punk, etc. Na Inglaterra o período é dividido em dois momentos, de 1977 a 1979 e de 1980 a 1983.
O pós-punk é com freqüência e equivocadamente referido como sinônimo para música música gótica ou como sinônimo de Indie Rock.

O pós-punk

O início do pós-punk inglês ocorre com a formação das bandas Magazine e Public Image Ltd entre o final de 1977 e o começo de 1978. A primeira liderada pelo ex-vocalista e compositor do Buzzcocks, Howard Devoto, e a segunda pelo ex-vocalista e compositor do Sex Pistols, Johnny Rotten (que a partir de então assumiu seu nome real John Lydon). Ambas foram fundadoras e favoritas do punk inglês e com seus novos projetos assumiam deliberadamente uma postura de ruptura e aversão aos rumos comerciais e dogmáticos. Antes, a também veterana banda punk Wire já evidenciava estruturas mais complexas e melódicas em algumas faixas do seu disco de 1977 Pink Flag. No disco de estréia do Public Image Ltd, First Issue, de 1978, John Lydon introduz algumas das principais características do pós-punk: o destaque em primeiro plano para o baixo, a guitarra como uma espécie de segunda voz (em vez do uso de riffs como base para o cantor) e as letras cheias de cinismo e existencialismo. O Magazine, com seu disco de estréia, também de 1978, Real Life, inaugura outras essenciais características do estilo ao usar sintetizadores para criar uma ambientação gélida e espaço vazio, cantar com uma voz ácida e construir melodias mais emotivas.
Nos Estados Unidos, uma tendência para uma música mais introspectiva, e ao mesmo tempo influenciada pelo faça-você-mesmo e a antitécnica, já era desenvolvida paralela ao punk. Dois grupos da primeira geração punk norte-americana, Television e Patti Smith, eram obviamente distintos dos seus companheiros Ramones e Blondie, e demonstravam os elementos, pelo menos conceituais, do pós-punk inglês. É também dos Estados Unidos o grupo Rocket From The Tombs, que daria origem à banda punk Dead Boys e ao extremamente influente sobre o pós-punk, Pere Ubu. O primeiro mini-disco do Pere Ubu, Datapanik In the Year Zero, de 1978, inaugura o interesse pelo Surrealismo, a experiência com vocais bizarros e melodias ao mesmo tempo kitsch e extremamente enigmáticas. O disco de estréia, The Modern Dance, do mesmo ano, é um marco porque introduz o interesse pela experimentação de ruídos, colagens e efeitos sonoros nunca explorados pelo punk, além de substituir a poética objetiva pela abstração ambígua. O pós-punk americano, apesar de ser análogo ao inglês, não teve o mesmo significado. O punk americano, no que diz respeito a relação com a sociedade, era superficial comparado à atitude niilista e negativa dos punks ingleses, desta forma não havia, para a maioria, grandes problemas com a explosão de bandas "simpáticas" e comerciais (os veteranos americanos do Blondie eram desde o começo representantes desta postura) e conseqüentemente não haveria uma morte do punk de onde o pós-punk surgiria. O pós-punk norte-americano se desenvolveu paralelamente ao punk, tendo suas bases numa longa tradição de músicos experimentais como Velvet Underground, Captain Beefheart, Frank Zappa e Yoko Ono, e não os destroços do punk.
Houve outros elementos que podem ser considerados indícios e bases para o pós-punk. Em 1977 os fundadores do Glam Rock David Bowie, Brian Eno (ex-Roxy Music) e Iggy Pop, extremamente influentes sobre a primeira geração punk, lançam alguns dos mais importantes discos de suas carreiras. David Bowie com participação de Brian Eno começa a chamada fase Berlim com os discos Heroes e Low, nos quais o primeiro lado são músicas mais acessíveis e o segundo experimentação instrumental com sintetizadores. Iggy Pop, ex-vocalista dos Stooges, banda norte-americana precursora do comportamento explosivo do punk, com a colaboração de David Bowie lança Lust For Life e The Idiot, esse último sendo o irmão sombrio do primeiro. As músicas são especialmente introspectivas e sombrias, e já é usado o baixo em destaque, neste caso com uma melodia circular, psicodélica e depressiva, características previamente exploradas pelos Stooges na faixa We Will Fall, de 1970. Também o norte-americano Velvet Underground, que durante os três primeiros discos, lançados no fim da década de 60, introduziu várias características fundamentais do pós-punk, especialmente no segundo álbum, White Heat / White Light, exaustivamente citado pelo pós-punk.

Horror punk

O Horror punk é um estilo musical que mistura toda a essência do punk em questão sonora, os famosos três acordes, algo totalmente despojado, rápido e ousado. Com imagens ditas como completamente "pesadas", ou até mesmo assustadoras, que sem querer exagerar, são tiradas de filmes de terror e ficção ciêntifica. Além de tudo há uma forte presença do gothic rock e do death rock, e sem contar a rockabilly gótica, algo conhecido como gothabilly, que acaba criando um ambiente sonoro digno de um filme de terror com orçamento baixo - o que não o torna na maioria das vezes ruim.
Mas o Horror punk não é algo completamente restrito a isso, há variações de todos os tipos na cena do horror punk e genéricos, death rock, gothic rock, punk rock e rockabilly entram para a lista das principais influências que ajudaram a criar o horror punk, gothabilly, horrorcore e horror rock são na maioria dos casos derivações do horror punk.

Origem
Tudo começou com uma banda de New Jersey chamada Misfits, em 1977, logo no início da era do Punk Rock. No começo a formação da banda era Glenn Danzig como vocalista e tecladista, Jerry Caiafa no Baixo e Manny na bateria. Não havia guitarrista inicialmente. No Horror Punk a fórmula essencial é misturar músicas rápidas de três acordes que falando sobre filmes de terror (Horror Movies). Quando não há musicalmente falando um som "Punk", porém há todos os outros fatores que tornam a banda uma banda de Horror Punk, podemos simplesmente encaixar todo esse contexto musical em Horror Rock.

Ska punk

Ska punk é um gênero musical de fusão que combine o ska com o punk rock. Suas características podem variar devido ao contraste entre os dois estilos. Estilos mais voltados ao punk geralmente apresentam tempo mais rápido, distorção de guitarra, interlúdios do pun, vocal nasalado e gritado. Por outro lado, estilos mais voltados ao ska geralmente apresentam uma instrumentação melhor desenvolvida e um vocal mais limpo.
A instrumentação básica do estilo inclui guitarra, baixo, bateria, saxofone, trombone, trompete e órgão.
O ska punk é parte da "terceira onda" do ska.

História

O ska e o punk rock foram combinados pela primeira vez durante o movimento Two tone no final da década de 1970 com bandas como The Specials, The Selecter e The Beat. A fusão dos gêneros cresceu na década seguinte durante a "Terceira Onda" do ska. O ska punk atingiu o auge de sua popularidade no final da década de 1990 nos Estados Unidos, apesar de ter sido bastante reconhecido também pelo mundo. Na Europa a banda espanhola Ska-P, apesar de cantar somente em espanhol, atingiu grandes audiências na França, Alemanha e Itália (além de sua terra natal e na América do Sul).
Várias bandas de ska punk atingiram sucesso comercial. The Mighty Mighty Bosstones apareceram no filme Clueless, e seu álbum Let's Face It (1997) alcançou o disco de platina. Save Ferris apareceu no filme 10 Things I Hate About You. O sucesso durou pela década de 2000 para bandas como No Doubt (ganhadora de Grammy) e Less Than Jake

Principais bandas

Against All Authority
Big D and the Kids Table
Catch 22
Choking Victim
Goldfinger
Less Than Jake
Mad Caddies
Mustard Plug
No Doubt
Reel Big Fish
Ska-P
Streetlight Manifesto
The Insyderz
The Suicide Machines
Upstanding Youth
Voodoo Glow Skulls

sábado, 27 de outubro de 2007

Fruta incendiária


Combustivel na casca da Laranja!


A casca da laranja tem um combustível formado por uma mistura de óleos essenciais. Cerca de 90% desses óleos são constituídos por limoneno, uma substância pertencente aos hidrocarbonetos. A gasolina, produto derivado do petróleo, também tem uma mistura de hidrocarbonetos.
Bom, você não precisa entender de química... mas é bom saber que a casca da laranja pode pegar fogo bem fácil.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Como funciona a tecnologia DSL

Introdução

Quando você se conecta à Internet, pode fazê-lo por meio de um modem comum, de uma conexão à rede de area local (LAN) de seu escritório, por meio de um modem a cabo ou de uma conexão por linha de assinante digital (DSL). DSL é uma conexão de velocidade muito alta que usa os mesmos fios que uma linha telefônica comum.

Eis algumas vantagens da DSL:
você pode manter sua conexão à Internet aberta e ainda usar a linha telefônica para chamadas de voz;
a velocidade é muito maior do que a de um modem comum;
a conexão DSL não requer necessariamente uma fiação nova: ela pode usar a linha telefônica já existente;
a companhia que oferece o serviço DSL geralmente fornecerá o modem como parte da instalação.

Mas há algumas desvantagens:
uma conexão DSL funciona melhor quando você está mais próximo da estação de operação do provedor;
a conexão é mais rápida para o recebimento do que para o envio de dados para a Internet;
o serviço não está disponível em qualquer lugar.

Neste artigo, vamos explicar como uma conexão DSL gerencia a compressão de mais informações através da linha telefônica padrão, além de permitir que você faça chamadas telefônicas convencionais mesmo que esteja online.

Linhas telefônicas

Sabe que uma instalação telefônica padrão nos Estados Unidos consiste de um par de fios de cobre que a companhia telefônica instala em sua casa.
Os fios de cobre têm muito espaço para transmitir mais do que suas conversas telefônicas: eles são capazes de manipular uma largura de banda ou faixa de freqüência muito maior do que a necessária para a voz.
A tecnologia DSL explora essa "capacidade extra" para transmitir informações no fio sem perturbar a capacidade da linha para transmitir conversações.
O plano todo se baseia na utilização de freqüências particulares para tarefas específicas.

Para compreender a DSL, primeiro você precisa saber algumas coisas a respeito de uma linha telefônica normal: o tipo que os profissionais chamam de POTS (Plain Old Telephone Service), o serviço telefônico convencional. Uma das maneiras como o POTS utiliza a maioria dos fios e equipamentos da companhia telefônica é por meio da limitação das freqüências que os comutadores, telefones e outro equipamentos irão transmitir. A voz humana, em tons de conversação normal, pode ser transmitida em uma faixa de freqüência de 0 a 3.400 Hertz (ciclos por segundo; veja Como funcionam os telefones para uma excelente demonstração sobre esse assunto). Essa faixa de freqüência é minúscula. Por exemplo, compare isso com a faixa da maioria dos alto-falantes estéreos, que cobrem aproximadamente de 20 a 20 mil Hertz. E os próprios fios têm o potencial de manipular freqüências de até vários milhões de Hertz na maioria dos casos.

O uso de uma porção tão pequena da largura de banda total do fio se deve a razões históricas: lembre que o sistema telefônico foi implementado usando um par de fios de cobre para cada casa por cerca de um século. Ao limitar as freqüências transmitidas pelas linhas, o sistema telefônico pode empacotar muitos fios em um espaço muito pequeno sem se preocupar com a interferência entre as linhas. Os modernos equipamentos que enviam dados digitais em vez de analógicos podem aproveitar com segurança essa capacidade muito maior da linha telefônica. A DSL faz exatamente isso.

DSL assimétrica

A maioria dos usuários domésticos e pequenos escritórios são conectados a uma linha DSL assimétrica (ADSL). A ADSL divide as freqüências disponíveis em uma linha na suposição de que a maioria dos usuários de Internet baixa (download) muito mais informações do que envia (upload). Com base nessa premissa, se a velocidade de conexão da Internet para o usuário for três ou quatro vezes mais rápida do que a conexão de retorno do usuário para a Internet, o usuário terá mais benefícios (a maior parte do tempo).
Outros tipos de DSL incluem:

DSL de taxa muito alta de bits (VDSL) - essa é uma conexão rápida, mas funciona somente em pequenas distâncias;
DSL simétrica (SDSL) - essa conexão, usada principalmente por pequenas empresas, não permite que você use o telefone ao mesmo tempo, mas a velocidade de recepção e envio de dados é a mesma;

DSL de taxa adaptável (RADSL) - essa é uma variação da ADSL, mas o modem pode ajustar a velocidade da conexão dependendo do comprimento e da qualidade da linha.
Limitações de distânciaO benefício exato que você verá dependerá, em grande parte, da distância a que se encontra da central de operação da companhia provedora do serviço ADSL. A

ADSL é uma tecnologia sensível à distância: à medida que o comprimento da conexão aumenta, a qualidade do sinal e a velocidade da conexão diminuem. O limite para o serviço ADSL é de 5.460 metros, apesar de, por motivos de velocidade e qualidade, muitos provedores de ADSL terem estabelecido um limite menor para as distâncias do serviço. Nos extremos dos limites de distância, os clientes ADSL podem perceber velocidades muito abaixo das máximas prometidas, ao passo que os clientes mais próximos da central de operação possuem conexões mais rápidas e podem obter velocidades extremamente altas no futuro. A tecnologia ADSL pode proporcionar velocidades para baixar dados (da Internet ao cliente) máximas de até 8 megabits por segundo (Mbps) à distância de cerca de 1.820 metros e velocidades para enviar dados (do cliente para a Internet) de até 640 quilobits por segundo (Kbps). Na prática, a melhor velocidade amplamente oferecida hoje é de 1,5 Mbps para baixar dados, com velocidades para enviar dados variando entre 64 e 640 Kbps.

Você pode questionar: se a distância é uma limitação para a DSL, por que não é também uma limitação para as chamadas telefônicas de voz? A resposta está nos pequenos amplificadores, chamados bobinas de carga, que a companhia telefônica usa para intensificar os sinais de voz. Infelizmente essas bobinas de carga são incompatíveis com os sinais ADSL; assim, uma bobina de voz na malha entre seu telefone e a central de operação da companhia telefônica o impedirá de receber ADSL. Outros fatores que podem desqualificá-lo para a recepção de ADSL incluem:
derivações de ponte ("bridge taps") - são extensões entre seu telefone e a central de operação que prolongam o serviço para outros clientes. Apesar de você não perceber essas derivações de ponte no serviço telefônico normal, elas podem prolongar o comprimento total do circuito além dos limites de distância do provedor do serviço;

Cabos de fibra ótica - os sinais ADSL não podem passar pela conversão de analógico para digital e novamente para analógico se uma parte de seu circuito telefônico passa através de cabos de fibra ótica;
distância - mesmo que você saiba onde fica sua central de operação (não se admire se não souber, as companhias telefônicas não divulgam esses locais), olhar um mapa não dá nenhuma garantia da distância que um sinal viaja entre sua casa e a central.
A seguir, vamos dar uma olhada em como o sinal é dividido e que equipamento a DSL utiliza.

Divisão do sinal e equipamento DSL

O sistema CAP

Há dois padrões concorrentes e incompatíveis para a ADSL. O padrão oficial para a ADSL, ANSI (em inglês), é um sistema chamado multitom discreto, ou DMT. De acordo com os fabricantes de equipamentos, a maioria dos equipamentos ADSL instalados hoje usa o DMT. Um padrão anterior e mais facilmente implementado foi o sistema de amplitude/fase sem portador(CAP), usado em muitas das instalações ADSL pioneiras.

O CAP opera por meio da divisão dos sinais na linha telefônica em três bandas distintas: as conversações de voz são transmitidas na banda de 0 a 4 kHz (quilohertz), já que estão todas nos circuitos POTS. O canal para envio de dados (do usuário de volta ao servidor) é transmitido em uma banda entre 25 e 160 kHz. O canal para baixar de dados (do servidor ao usuário) começa em 240 kHz e vai até um ponto que varia dependendo de diversas condições (comprimento da linha, ruído da linha, número de usuários em um comutador particular da companhia telefônica), mas é limitado a um máximo de cerca de 1,5 MHz (megahertz). Esse sistema, com três canais amplamente separados, minimiza a possibilidade de interferência entre os canais em uma linha ou entre os sinais de linhas diferentes.

O sistema DMTO sistema DMT também divide os sinais em canais separados, mas não usa dois canais amplos para enviar ou receber os dados da Internet. Em vez disso, o DMT divide os dados em 247 canais separados, cada um com 4 kHz de largura.

Uma maneira de pensar sobre isso é imaginar que a companhia telefônica divide sua linha de cobre em 247 linhas diferentes, cada uma com 4 kHz, e então conecta todas a um modem. Você obtém o equivalente a 247 modems conectados a seu computador de uma vez. Cada canal é monitorado e, se a qualidade não for boa, o sinal será desviado para outro canal. Esse sistema constantemente desvia os sinais entre os diferentes canais, buscando os melhores canais para transmissão e recepção. Além disso, alguns dos canais inferiores (aqueles que começam em cerca de 8 kHz) são usados como canais bidirecionais para as informações enviadas e recebidas da Internet. Monitorar e classificar as informações nos canais bidirecionais e manter a qualidade de todos os 247 canais torna o DMT mais complexo de implementar do que o CAP, mas dá maior flexibilidade em linhas de diferentes qualidades.

Filtros

O CAP e o DMT são similares do ponto de vista de um usuário de DSL.

Se você tiver ADSL instalado, quase certamente recebeu pequenos filtros para instalar nas tomadas telefônicas usadas para outros fins. Eles são filtros de baixa freqüência: filtros simples que bloqueiam todos os sinais acima de uma determinada freqüência. Como todas as conversações de voz ocorrem abaixo de 4 kHz, os filtros de baixa freqüência são construídos para bloquear qualquer sinal acima de 4 kHz, evitando que os sinais de dados interfiram com as chamadas telefônicas convencionais.

O ADSL usa dois tipos de equipamentos, um no lado do cliente e outro no provedor de serviços de Internet (ISP), companhia telefônica ou outro provedor de serviços DSL. No lado do cliente há um transceptor DSL, que também pode prover outros serviços. O provedor de serviços DSL tem um multiplexador de acesso DSL (DSLAM) para receber as conexões do cliente.

O transceptor

A maioria dos clientes residenciais chama seu transceptor como um "modem DSL". Os engenheiros na companhia telefônica ou no provedor de internet (ISP) o chamam de ATU-R. Independentemente do nome pelo qual é chamado, ele é o ponto em que os dados do computador ou rede do usuário se conectam com a linha DSL.

O transceptor pode se conectar ao equipamento do cliente de diversas maneiras, apesar de a maioria das instalações residenciais usar conexões USB ou Ethernet 10 base T.
A maioria dos transceptores ADSL vendidos pelos provedores de serviços de Internet e companhias telefônicas tem apenas a função de transmissor/receptor, ao passo que os dispositivos usados por empresas podem combinar roteadores de rede, comutadores (switches) de rede ou outros equipamentos de rede na mesma plataforma.

O DSLAM

O DSLAM no provedor de acesso é o equipamento que realmente permite a existência da linha de assinante digital. Um DSLAM faz conexões a partir de diversos clientes e os agrega em uma única conexão de alta capacidade à Internet. Os DSLAMs geralmente são flexíveis e capazes de suportar múltiplos tipos de DSL em uma única central de operação e variedades diferentes de protocolos e modulação (tanto CAP quanto DMT, por exemplo) no mesmo tipo de DSL. Além disso, a DSLAM pode prover funções adicionais, incluindo o roteamento ou a designação de um endereço IP dinâmico aos clientes.

O DSLAM proporciona uma das principais diferenças entre o serviço ao usuário por meio de ADSL e por modems a cabo. Como os usuários de modem a cabo geralmente compartilham uma malha de rede que corre através de um bairro, em muitas situações a adição de usuários significa uma redução do desempenho. O ADSL fornece uma conexão dedicada a partir de cada usuário até o DSLAM, o que significa que os usuários não verão uma diminuição de desempenho à medida que novos usuários forem acrescentados - isso até que o número total de usuários comece a saturar a única conexão de alta velocidade à internet. Nesse ponto, uma atualização por parte do provedor de serviços pode proporcionar desempenho adicional para todos os usuários conectados ao DSLAM.

Para informações sobre as taxas de ADSL e a disponibilidade nos Estados Unidos, visite Broadband Reports (em inglês). Esse site pode fornecer informações sobre companhias de serviços ADSL em determinadas áreas, as taxas cobradas e o nível de satisfação dos clientes, assim como uma estimativa de distância de um ponto em relação à central de operação mais próxima.


por Curt Franklin - traduzido por HowStuffWorks Brasil

Historia Skate

























Ainda não se sabe exatamente quando apareceu o Skate , mas podemos dizer que foi no princípio dos anos 60 na Califórnia. Era em uma época aonde reinava o surf, praia e a curtição total sobre uma prancha.Mas como as coisas nunca davam certo, aqueles dias de ondas podres, os mesmo surfistas pegaram as rodas de seus patins, e colocaran em "shapes",para que assim pudessem surfar em terra firme.Os skates eram muito primitivos, não possuiam nose nem tail, era apenas uma tabua e quatro rodinhas.O crescimento do esporte se deu de uma maneira tão grande, que muitos dos jovens da época adotaram ao esporte chamado skate, surgiam então os primeiros skatistas da época.Era uma época aonde o free style dominava, os skatistas usavam e abusavam deste tipo de manobra.No ano de 1965 se comercializaram os primeiros skates fabricados industrialmente e começaram as primeiras competições. Esporte entao, teve seu auge~.Em meados dos anos 70, aconteceu um fato que chocou a maior parte de todos os skatistas, a revista "Skateboarder"que era uma das mais importantes sobre o assunto, anunciou a sua mudanca de planos, agora cobrindo assuntos sobre competicões de Biker's.Foi quando se deu a morte do skate, muitas pistas fecharam, e muitos abandonaram o esporte, apenas ficaram os que realmente gostam do carrinho.Ouve então que esses skatistas que perderam suas pistas, suas revistas, e tudo que era a respeito sobre eles, se lançaram a andar na rua, usando tudo que achavam no cotidiano como obstaculo, dai se deu o street skate.Em meados dos anos 70,houve o racionamento de água nos E.U.A, as pessoas esvaziavam suas piscinas, foi ai que os skatistas perceberam que essas piscinas vazias, poderiam ser ótimos obstaculos, foi ai que se deu o skate vertical.Nos anos 80 o skate volta ao seu alge, com a inovaçao dos skates, e a utilizacao das pistas em "U" os half pipes, o skate retorna as suas origens de muitos adeptos, e com o aparecimento de vários nomes do sk8board mundial:Steve caballero, Tony alva, Tom sims, entre outros contrubuiram e muito para o progresso do skate.Foi aí que surgiu um garoto que com apenas 12 anos, mandava flips muito altos na rampa, um garoto magro e com um stilo muito técnico e mesmo com pouca idade ja deixavam os velhões de queixo caido, seu nome? nada mais do que um simples skatista chamdo Tony Hawk......você o conhece?Outro fator muito importante para o sk8 da época, foi o video da Bones Brigade, onde Steve Caballero teve um papel bastante forte na sua existencia.A partir dai, o sk8 nunca mais teve seu declínio, nos anos 90 foi quando o sk8 atingiu o seu auge, com muitos adeptos, produtos, e campeonatos que incentivam bastante os jovens criancas, e até os velhos dos anos 90.

S. Clay Wilson

Quando se fala dos quadrinhos underground americanos sempre se fala em Robert Crumb, criador da Zap Comics e do Gato Fritz. Mas essa postagem é sobre quem influenciou Crumb e tantos outros: S. Clay Wilson.

Nascido em Nebraska em 1941, desenhava desde os 12 anos. Mas segundo o próprio, foi na época que serviu como enfermeiro no exército que realmente aprendeu a desenhar, de tanto ver corpos mortos e dilacerados.

Em 1968 Crumb fundou a Zap Comix. Depois vieram os outros artistas: S. Clay Wilson, Robert Williams, "Spain" Rodriguez, Victor Moscoso e Rick Griffin.

No Brasil, seu trabalho foi publicado em 2003 na coletânea Zap Comix, pela editora Conrad.



quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Ramones.

Os Ramones foram uma banda estadunidense de punk rock formada em 1974, considerada como precursora do estilo, e uma das bandas mais influentes do rock.
No início dos anos 1970 surgiam várias vertentes do rock nos Estados Unidos e no Reino Unido; o punk rock foi uma delas. Em 30 de março de 1974 os Ramones tocaram pela primeira vez, como um trio (Joey, Dee Dee e Johnny). Em 16 de abril do mesmo ano, a banda realizou sua primeira apresentação no bar CBGB, que se tornava o refúgio do rock underground nova iorquino da época. Ao longo de seus 22 anos de existência, os Ramones totalizaram 2.263 apresentações ao redor do mundo. O último show foi realizado em Los Angeles, Califórnia, em 6 de agosto de 1996.
Em 2 de março de 2002 a banda foi incluída no Hall da Fama do Rock and Roll

História

Anos 1970 - 1980 CBGB, casa noturna na qual os Ramones iniciaram sua carreira junto a bandas como Television, Blondie, Patti Smith e Talking Heads.A pré-história da banda está centrada no Queens, um dos cinco distritos de Nova York - mais especificamente, no bairro de Forest Hills. Os integrantes se conheciam desde a adolescência, quando figuravam entre os poucos jovens da vizinhança fãs de bandas como New York Dolls, Stooges e MC5, e já haviam tocado em bandas de garagem durante o colégio.
Quando Douglas Colvin e John Cummings decidiram montar uma banda, chamaram para a bateria um conhecido de Douglas, Jeffrey Hyman. Nos primeiros ensaios John tocava a guitarra e Douglas tocava o baixo e cantava. Para homenagear o produtor Phil Ramone, batizaram a banda de Ramones e todos usaram "Ramone" como sobrenome, como se fizessem parte de uma família. A história, porém, gera controvérsias, uma vez que alguns afirmam que, na verdade, eles apenas fizeram uma brincadeira com fato de Paul McCartney se registrar em hotéis sob o pseudônimo de "Paul Ramon".
Nos primeiros ensaios os Ramones tentaram tocar músicas de outras bandas, mas não conseguiram. Então decidiram escrever suas próprias músicas. I Don't Wanna Walk Around With You foi escrita no primeiro ensaio. Depois eles escreveriam I Don't Wanna Get Involved With You, I Don't Wanna Be Learned, I Don't Wanna Be Tamed (o título era a letra inteira, mas Joey cantava "Timed" no lugar de "Tamed") e I Don't Wanna Go Down To The Basement. Eles não haviam escrito nenhuma música "positiva" (isto é, sem a palavra "I Don't") até surgir a música Now I Wanna Sniff Some Glue. Logo após, It's A Long Way Back To Germany, Blitzkrieg Bop, I Don't Care e Babysitter foram adicionadas ao repertório.
O conhecimento musical dos Ramones era limitado. Dee Dee tinha dificuldade para tocar baixo e cantar ao mesmo tempo, assim como Joey não conseguia cantar e tocar bateria ao mesmo tempo. A banda decidiu, então, que os vocais ficariam com Joey, e que iriam procurar um novo baterista. Foram feitos diversos testes no pequeno estúdio Performance Studio, onde trabalhava um velho amigo dos integrantes da banda, Thomas Erdelyi. Antes de cada teste, Erdelyi pegava as baquetas para mostrar aos candidatos como era o estilo da banda, e como Johnny, Joey e Dee Dee não gostaram dos candidatos que se apresentaram, logo ficou evidente que o melhor baterista para os Ramones seria o próprio Erdelyi. Ele adotou o nome Tommy Ramone e entrou na banda.
O primeiro show dos Ramones foi feito no Performance Studios, em 30 de março de 1974. Logo a banda passaria a fazer shows na casa noturna CBGB's, integrando uma cena "undergound" composta por bandas como Blondie, Television, The Cramps, Talking Heads, Richard Hell and the Voidods e The Patti Smith Group.
Em 1975 conseguiram um contrato de cinco anos com a gravadora Sire Records. Seu primeiro LP, Ramones, lançado em 1976, tinha 14 músicas rápidas e curtas - a duração do álbum é de pouco mais de 29 minutos. A banda começou a fazer shows nos Estados Unidos para divulgar o álbum, mas fora de Nova York a recepção do público não foi calorosa. A exceção foi a Inglaterra: um show realizado em Londres em 4 de julho de 1976 foi um grande sucesso. Entre os presentes no show estavam os integrantes de bandas que ainda estavam dando seus primeiros passos, como The Clash e Sex Pistols, que compartilhavam com os Ramones as influências musicais de Stooges, MC5 e New York Dolls.
Ramones tocando em 1978.O ano de 1977 foi intenso para os Ramones. Lançaram Leave Home e Rocket to Russia, excursionaram por toda a América do Norte, tocaram com o ídolo Iggy Pop e visitaram a Europa no meio e no final do ano. Nesta tour britânica de final de ano, registraram 4 shows para lançar um futuro álbum ao vivo. O melhor show foi justamente o show da virada de ano, quando tocaram no Rainbow Theatre juntamente com os Rezillos e Generation X. Gravado no dia 31 de dezembro de 1977, It's Alive — que só foi lançado em 79 — foi considerado por muitos como um dos 5 álbuns ao vivo mais importantes da história do rock, com 28 faixas englobando os 3 primeiros discos. Foi o último registro do baterista Tommy na banda.
No começo de 1978 o punk rock estava de ressaca. Os Ramones lançaram 3 álbuns maravilhosos e não estavam colhendo os frutos que mereciam. Os Sex Pistols instalaram o caos e acabaram após uma desastrosa turnê norte americana. Tocar punk rock em Londres não era mais cool. Várias bandas pioneiras desfizeram-se ou migraram para outros estilos musicais como o new wave e o pós-punk.
Mesmo lotando todos os lugares em que tocavam, o excesso de shows estava exigindo muito dos Ramones. A primeira baixa veio com a saída do baterista Tommy, que tinha verdadeiro pavor das longas turnês que a banda vinha fazendo. No seu lugar chamaram o ex-baterista do Richard Hell and the Voidoids, Marc Bell.
Marc Bell, agora Marky Ramone, entrou na banda no começo de maio e em algumas semanas já estava gravando o álbum Road to Ruin com o grupo. Seu primeiro show, dia 29 de junho, foi após a gravação do disco. O estilo e a competência de Marky se encaixaram perfeitamente na nova proposta da banda. Queriam fazer um disco mais comercial, mas sem deixar de lado as características iniciais dos Ramones. Contendo músicas mais longas que os discos anteriores, lançaram um disco com apenas 12 faixas. Se em 1978 o punk apontava para novas direções o Ramones fez o caminho inverso: flertou com raízes ainda mais seminais do rock, e mostrou que sabia e podia fazer um rock acessível e de qualidade. A produção resolveu "amaciar" Road To Ruin com guitarras acústicas, com a balada Questioningly, o cover de Needles and Pins, o famoso solo de uma nota só em I Wanna Be Sedated e com guitarras limpas na quase country Don't Come Close.
Os Ramones fizeram 154 shows para divulgar seu quarto álbum, Road to Ruin, em 1978. Nesse ano o novo baterista Marky se firmaria no quarteto. Em dezembro começaram as filmagens de Rock 'n' Roll High School, uma película dirigida por um clássico diretor de filmes de classe B. A trilha sonora do filme foi lançada em 79, assim como o disco ao vivo It's Alive. Como recebiam muito pouco dinheiro durante a gravação do filme em Los Angeles, tinham que fazer shows nas cidades próximas para pagar a conta do hotel. Mas no meio dessa correria, conheceram o homem que remixou duas músicas dos Ramones para o filme, e que viria a produzir o próximo álbum da banda.
A trilha sonora desta típica comédia adolescente norte-americana tinha vários artistas, entre eles MC5, Devo, Eddie and the Hot Rods, Chuck Berry e, é claro, os Ramones, que apareciam com duas versões de Rock 'n' Roll High School. Trazia ainda músicas ao vivo da banda, de um show de 7 músicas dos álbuns anteriores e outra música inédita chamada I Want You Around, que aparece tanto na trilha sonora do filme como na coletânea All The Stuff (And More!)